Blog da Reitoria nº 556, 10 de outubro de 2022
Por Prof. Paulo Cardim
O mês de outubro registra datas históricas para o Brasil e para a humanidade: dia 12, Dia do Descobrimento da América, celebrado em comemoração à chegada na América do navegador Cristóvão Colombo (1452-1516), em 12 de outubro de 1492, nas terras batizadas mais tarde por Honduras, na América Central.
Ao chegar ao primeiro pedaço de terra do que seria a América, ele batizou o continente de “continente das crianças”, mais tarde América. Por quê?
Trata-se de homenagem a Américo Vespúcio, geógrafo, cartógrafo, cosmógrafo. Ele viajou pelo continente e elaborou mapas da região. Mais tarde escreveu uma obra, a qual deu o nome de “Mundus Novus”. Por essa extraordinária contribuição para a história do continente, passou-se a chamá-lo de América – o Novo Mundo – em homenagem a Américo Vespúcio.
12 de outubro assinala ainda a celebração do Dia das Crianças, criado por projeto do deputado federal Galdino do Valle Filho, sancionado pelo presidente Arthur Bernardes. Não por coincidência, o 12 de outubro foi a efeméride escolhida para homenagear o dia em que Cristóvão Colombo descobriu a América dando-lhe o nome de “continente das crianças”.
A Declaração dos Direitos das Crianças, aprovada pela ONU, deve ser registrada nessa data:
Dez princípios e direitos fundamentais às crianças:
I – Direitos garantidos, sem distinção de cor, sexo, língua, religião ou opinião; II – Proteção e direito ao desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social; III – Direito a nome e nacionalidade; IV – Direito à alimentação, moradia e assistência médica; V – Direito a tratamento, educação e cuidados especiais para toda criança portadora de necessidades especiais; VI – Direito ao amor e à compreensão; VII – Direito à educação elementar gratuita; VIII – Direito a ser socorrido em primeiro lugar em catástrofes; IX – Direito à proteção contra a crueldade e exploração; X – Direito à proteção contra atos de discriminação.
12 de outubro é ainda, o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Documentos encontrados no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma, de autoria dos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, dizem como surgiu a imagem da santa. Um evento, quando da passagem de Dom Pedro de Almeida, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, por Guaratinguetá (SP). As instituições e o povo de Guaratinguetá prepararam um banquete para o visitante, na base de peixes do Rio Paraíba do Sul, que banha a região. Os pescadores locais, mesmo não sendo tempo de pesca, promoveram uma oração coletiva, pedindo à Nossa Senhora ajuda para uma boa pescaria. Mãos à obra, uma imagem em terracota sem a cabeça foi “pescada”. Não tinha sentido. Após lançarem sem sucesso a rede, “pescaram” uma cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. A partir desse momento, a pescaria foi farta. Esse fato é considerado o primeiro milagre de Nossa Senhora Aparecida. Foi o primeiro de muitos milagres da padroeira do Brasil.
Que Nossa Senhora Aparecida proteja o povo do Brasil, os seus governantes, legisladores e magistrados para a construção de um país de paz e desenvolvimento socioeconômico, com ordem, onde a educação seja de qualidade, em todos os níveis e graus, fator indispensável para que o nosso país não seja mais “do futuro” e possa erradicar a pobreza, o analfabetismo funcional e as desigualdades em vários setores da sociedade.
Finalmente, 15 de outubro, Dia da Professor, cuja padroeira, para os católicos, é Santa Teresa de Jesus, também chamada de Santa Teresa de Ávila, celebrada nessa data. A celebração de uma das profissões mais importantes de uma sociedade. Mas o professor tem esse dia somente como homenagem. Sua relevância está no dia a dia das escolas fundamentais, médias e das instituições de educação superior (IES). Nas mutações sucessivas por que está passando a sociedade mundial, o professor passa a ser um educador, além de “ministrar aulas”. E o professor faz a diferença!
Espaços novos de aprendizagem envolvem a sua atuação, tendo o educando como centro do processo educacional. Passamos para o orientador, como detentor do conhecimento a ser ministrado, aquele que aprende a aprender, parceiro de seus aprendizes numa jornada evolutiva, agora com maior destaque para o mundo digital, portador de enciclopédias infinitas, alimentadas pelo conhecimento aberto, diariamente, a todos. Informações que podem gerar conhecimento estão disponíveis para qualquer pessoa, mas, na educação, exigem a participação ativa do professor para que a aprendizagem ocorra com sucesso ao longo dos períodos letivos sucessivos. Competências e habilidades são desenvolvidas naturalmente. Êxito que se atribui aos dois atores mais relevantes desse processo: educador e educando.
Taylor Mali, professor, poeta, humorista e dublador norte-americano, tem um poema inspirador sobre o professor. Transcrevo alguns versos que, penso, traduzem a minha admiração pelo professor/educador:
“Eu ensino pelo fogo, pelo momento da ignição,
Pela fagulha, pela lâmpada do conhecimento
Acendendo no escuro sobre a cabeça de um adolescente.
Ó linda incandescência, ofuscando o silêncio por
Toda a sala; ele tenta, ele tenta, ele tenta e BUM!
Ele entende tudo e você pode ver isso em seus olhos!
Eu ensino por esse momento”.
É por esse momento que os professores da Belas Artes atuam e fazem milagres no processo de aprendizagem. A eles as homenagens do Reitor e do #timebelasartes. Somos todos uma família de educadores que faz toda a diferença no cenário educacional, guiados pela lâmpada do conhecimento.
“É admirável quanto pânico um homem honesto pode espalhar em meio a uma multidão de hipócritas”.
Thomas Sowell
“O POVO PRECISA DE DUAS COISAS: LIBERDADE E EDUCAÇÃO.
LIBERDADE PARA PODER VOTAR. EDUCAÇÃO PARA SABER VOTAR”.
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