Blog do Prof. Dr. Paulo Cardim nº 649 de 11 de novembro de 2024.

Mega feriadão de 15 a 19 de novembro

Desde o dia 15 (Proclamação da República), teremos cinco dias de feriados. Por quê? Porque nos dias 18 e 19 a cidade do Rio de Janeiro sediará o encontro do grupo G-20 ou Grupo dos Vinte. Trata-se de uma reunião importante de líderes globais para discutir questões econômicas e financeiras mundiais. O G-20 é um grupo de 19 países e a União Europeia, representando as maiores economias do mundo.

Neste encontro, os líderes discutirão temas como a recuperação econômica pós-pandemia, mudanças climáticas, desigualdade econômica e cooperação internacional. O Brasil, como membro do G-20, terá a oportunidade de apresentar suas propostas e contribuir para as decisões que podem impactar a economia global. Podem, mas não devem. Esses encontros são cordiais, amenos, sociais e todos impecavelmente vestidos para um jantar ou um baile de gala. Mas ações concretas dependem de cada país. E é aí que mora o perigo…

Por causa desse Encontro, o dia da Proclamação da República parece apenas mais um feriado.

Mas a Proclamação da República no Brasil foi um evento marcante, em 15 de novembro de 1889. Derrubou-se o imperador D. Pedro II e deixamos de ser uma monarquia constitucional. O movimento foi liderado por militares e civis descontentes com o regime imperial, conhecidos como a “Geração de 70”. Os principais líderes foram: marechal Deodoro da Fonseca, líder do movimento e primeiro presidente do Brasil republicano, que governou até 23 de novembro de 1891; Manuel Deodoro da Fonseca, irmão de Deodoro, também um militar importante; Benjamin Constant Botelho de Magalhães; Ruy Barbosa, um dos principais líderes civis e um dos redatores da nova constituição republicana; e Floriano Peixoto, vice-presidente, considerado “O Marechal de Ferro” ou “Consolidador da República”. Ele substituiu Deodoro. Seu mandato foi de 1891 a 1894.

Manuel Deodoro da Fonseca foi um militar e político brasileiro, conhecido por ser o primeiro presidente do Brasil, após liderar o movimento que resultou na Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Exerceu o cargo de presidente provisório e posteriormente foi eleito pelo Congresso Constituinte como o primeiro presidente constitucional da República.

Os civis, na história do Brasil, sempre recorrem aos militares nos momentos críticos, como na Proclamação da República e na deposição da nascente esquerda brasileira, liderada pelo moderado João Goulart, o Jango, em 1964.

A República foi proclamada no Palácio Conde dos Arcos, em São Paulo, e o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu como o primeiro presidente do Brasil republicano. Este evento marcou o início de uma nova era na história do país? Mas as mudanças não foram significativas como esperavam os civis que lutaram pela implantação da República.

A “república buscava afirmar a figura do cidadão em substituição ao súdito do império”. Mas a República brasileira, aos poucos, sorrateiramente, voltou a cair nos braços da esquerda comunista, após os militares a devolverem aos civis, em 1986, pelas generosas e íntegras mãos do general João Figueiredo. O eleito pelo Congresso para substituí-lo foi o mineiro Tancredo Neves, que não chegou a tomar posse, em virtude de morte. Assumiu o governo o vice, o maranhense José Sarney (MDB). Tivemos um desgoverno de cinco anos.

Fernando Henrique Cardoso (FHC) veio em seguida pelo escandaloso voto de parlamentares da turma do “toma lá, dá cá” criando a infortunada reeleição do Presidente da República, dos governadores e dos prefeitos. Uma completa tragédia para o Brasil. O candidato eleito pela primeira vez trabalha para ser reeleito. E, assim, faz de tudo para conseguir o seu intento. Há exceção? Há. Mas sem a grandeza que gostaríamos de ver, sentir e ter.

Até dezembro de 2026, vamos conviver com a turma que está no poder, com uma “democracia relativa”. Talvez, eu disse TALVEZ, voltaremos à normalidade democrática. NA ATUAL CONJUNTURA POLÍTICO-JUDICIAL TUDO É POSSÍVEL. QUEM VIVER VERÁ.